segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Bernardinho: um verdadeiro líder!

"Não existe coincidência ou sorte. Existe muito trabalho e a crença irretocável de que é possível fazer, basta ter coragem" (Os Líderes)

Foi preciso coragem para o técnico Bernardinho iniciar um processo vitorioso, sem precedentes no esporte coletivo no Brasil. Campeão olímpico, campeão da liga mundial, campeão pan-americano, e, acima de tudo, buscando sempre a renovação do grupo e conseguindo sempre implementar os fundamentos assinalados no conceito de trabalho em equipe, por ele criado, chamado a ‘RODA DA EXCELÊNCIA’. Segundo ele, a estrada por onde passava a roda da excelência era pavimentada com o cimento denominado planejamento. Essa estrada tinha como pilares a perseverança, superação, comprometimento, disciplina e ética. De nada adiantaria essa excepcional montagem de valores se continuasse no papel meramente como figura de retórica. È importante ressaltar também o entusiasmo adquirido através da leitura de importantes obras biográficas de personagens que de certa forma contribuíram para o perfeito entendimento do que é de fato exercer liderança. Esses personagens históricos conseguiram mudar, cada um em seu tempo a ordem estabelecida. Leu sobre Ghandhi, sobre Whinsthon Churchill, sobre Benjamin Flanklin, grandes líderes, grandes pensadores, grandes formadores de opinião.

É do nosso entendimento que Bernardinho já tinha no sangue o ímpeto competitivo, mas tinha também uma vontade de aprender cada vez mais. Começou a buscar informações e conhecimento sobre o comportamento dos mais laureados técnicos dos esportes de massa dos EUA. John Wooden, figura mítica do basquete americano, contribuiu substancialmente para a dinâmica de Bernardinho ao divulgar para o mundo esportivo o mecanismo que era usado para conduzir seu grupo denominado a “PIRAMIDE DO SUCESSO”.

Tanto a “‘PIRÂMIDE DO SUCESSO” quanto “A RODA DA EXCELÊNCIA”, criada por Bernardinho, são engenhosidades que saíram do campo das idéias e passaram para o campo das atitudes. Portanto não basta ter idéias tem que ter coragem para executa-las.

Cinco anos depois do inicio do ciclo vitorioso, Bernardinho estabeleceu um outro modelo que pudesse ser usado como fonte orientadora para o mundo corporativo e que fosse ao encontro do necessário dinamismo que deve permear as equipes de venda no tão aguerrido e exigente mundo empresarial. O modelo que fez com que ele se notabilizasse Brasil afora como o mais requisitado palestrante em atividade recebeu a denominação de “Escala de valores”.

Muito do seu repertório responsável por exercer esse magnetismo sobre o público ouvinte é recorrente das interpretações apuradas de algumas frases que se seguem e que foram selecionadas por nós “OS LÍDERES”.
  • "Vencer não é tudo, mas dar tudo pela vitória é a única coisa que importa",
  • "A grande vitória de um líder é tocar a alma de seus colaboradores",
  • "Deve-se exigir mais de quem tem mais pra dar. È fundamental conhecer as pessoas para motiva-las",
  • "Quem não se qualificar para o que pretende ser. Quem não conhecer a fundo o que faz, tem tudo para colher mais adiante o revés e a decepção"
  • "Ousar mais e continuar incentivando o espírito de equipe sem esquecer que um time não é formado pelos melhores e sim pelas pessoas certas".
Toda a sua brilhante trajetória de profissional do esporte, motivador de equipes, formador de caráter é homenageada por todos os brasileiros e reconhecida mundialmente. Se um país precisa de ídolos, essa é a nossa dica.

O Primeiro Milhão

Quantas vezes já ouvimos de amigos e professores ou lemos em livros e sites que é importante estipular metas e objetivos para ser feliz? Seja em qualquer área, criar objetivos acaba sendo o estímulo para qualquer pessoa atingir o sucesso. Características como motivação, ambição, disciplina e criatividade viram armas para o profissional que se prepara para conquistar.

Agora vamos em frente. Digamos que o objetivo seja ganhar um milhão de dólares? Como o profissional deve se comportar? Quais caminhos esta pessoa deve trilhar? Muitas perguntas surgem para tentar chegar a uma conclusão que pode ser simples: ter metas, como é o caso do filme O Primeiro Milhão (Boiler Room), do diretor Ben Younger, que conta a história do jovem Seth Davis na busca do seu primeiro montante financeiro e do respeito do seu pai.

Na trama, o personagem, interpretado por Giovanni Ribisi, larga os estudos para montar um cassino em seu próprio apartamento. Em seu bairro, o obstinado jovem seduz os garotos a participarem da jogatina, e, assim, de maneira ilegal, vai faturando seu dinheiro. Até que surge uma grande proposta de trabalhar de maneira aparentemente honesta, dedicando-se a vida de corretor de ações. O jovem aceita para poder agradar ao pai rígido.

A partir daí, o filme apresenta uma série de mensagens corporativas que servem de exemplo para o profissional determinado. Apesar do desenrolar do filme encaminhar para uma trama de irregularidades da corretora, é possível pincelar algumas características para o desenvolvimento de um profissional em busca de grandes objetivos.

Em uma das cenas, o chefe da corretora Jim Young, interpretado por Ben Affleck, reúne todos os corretores trainees, inclusive Seth Davis, e apresenta algumas dicas para se conquistar um milhão de dólares em apenas 3 anos. O trabalho duro, a motivação pela meta do milhão, a ambição e a criatividade são características de um líder vencedor. Para garantir o sucesso, é importante que o profissional se guarde nessas premissas, pois nada vem de graça. No filme, essas características estão alinhadas a falta de ética, o que se apresenta como uma opção perigosa – vide o final.

Vale a pena assistir ao filme!
Abaixo, parte do filme em inglês.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

5 dicas para ficar mais motivado


Texto do site dos Administradores.com.br

Motivação é um tema complexo e que tem merecido constantes estudos e pesquisas. Seguindo o objetivo de trazer dicas rápidas e úteis sobre temas do mundo corporativo abaixo apresento cinco dicas para ficar mais motivado no trabalho.


5 DICAS PARA FICAR MAIS MOTIVADO

1. Estabeleça um propósito - diz o ditado: para quem não sabe onde quer chegar, qualquer caminho serve. Estabeleça objetivos pessoais e profissionais. Faça uma lista. Escreva e revise esta lista com frequência. Estabeleça objetivos de vários tipos.

2. Seja ambicioso - entre estes objetivos coloque alguns desafios. Crie algumas metas diferentes do comum, como aprender algo novo em outra área de atuação, escrever um livro ou artigos, fazer uma viagem para um local pouco comum etc. Você também pode almejar uma posição com mais desafios no próprio trabalho ou em outra unidade da empresa. Pense grande. Desacomode.

3. Tenha disciplina - parece estranho, mas a disciplina é que nos mantém firmes nos propósitos. Persista, insista e conclua seus objetivos, pois com isso você terá mais forças para continuar motivado para realizar novos objetivos. É difícil saber o momento de parar ou continuar em algum propósito, porém, na dúvida tente mais um pouco... seja organizado e disciplinado que os resultados aparecem.

4. Relacione-se - conversar com pessoas diferentes e bem sucedidas é estimulante e desafiador. Faz com que você perceba outras possibilidades e ações. Procure afastar-se da inveja e se concentre nos resultados. Aprenda com os outros. Fale de suas expectativas. Peça feedback. Ouça os elogios e saiba interpretar as críticas de forma positiva.

5. Comemore - a cada conquista, grande ou pequena, crie o hábito de comemorar. Seja só ou acompanhado: comemore; vibre com cada realização! A vibração positiva de cada conquista é um grande estímulo e motivador para futuras realizações. Abra sua mente e seu coração para o lado bom das conquistas.

Qual sua dica de motivação? O que você faz para se manter motivado? Participe, escreva um comentário contando sua história de motivação.

sábado, 25 de julho de 2009

Um nacionalista preso por delito contra a Segurança Nacional

Getúlio Vargas manda Monteiro Lobato para a cadeia - tirada do site Migalhas: pílulas de informação

Apesar de ser conhecido como escritor de histórias infantis, Monteiro Lobato também foi advogado, fazendeiro, editor de livros e jornalista. Acima de tudo, foi um nacionalista. Não se conformava com o desenraizamento cultural, não gostava dos modismos importados que nada tinham a ver com a realidade brasileira e condenava a utilização de vocábulos estrangeiros sem necessidade.

Mas um episódio que ganhou destaque foi o ocorrido em 20 de março de 1941. Nesse dia, Monteiro Lobato foi preso por delito contra a segurança nacional. A história que explica esse episódio começa, na verdade, muito antes dessa data. Por isso, voltemos um pouco no tempo.

Depois de se entediar com o Direito, vender a fazenda herdada do avô, montar e falir uma editora – e, claro, escrever as obras que o consagraram – o personagem dessa história real muda-se, em 1926, para Nova Iorque e por lá fica até 1931. No exterior, trabalha como adido comercial brasileiro. Impressiona-se com o crescimento econômico dos Estados Unidos e passa a militar em prol da pesquisa e exploração do petróleo.

É fácil entender.

Para Monteiro Lobato o poderio americano tinha suas bases no petróleo e apontava as grandes empresas estrangeiras – conhecidas depois como "sete irmãs" – como um dos entraves com o qual se deparava o crescimento do Brasil. Para ele, a melhor coisa era que o petróleo fosse explorado pela iniciativa privada, como era feito no exterior, e não pelo governo que, na sua opinião, era ineficiente.

Como se vê, pouca coisa mudou na ordem do dia.

A carta

O fato é que, em vista disso, em 24 de maio de 1940, durante o Estado Novo, Monteiro Lobato escreve uma carta ao presidente Getúlio Vargas, seguida de outra ao general Góes Monteiro, chefe do Estado-Maior do Exército, reprovando a "displicência do sr. Presidente da República, em face da questão do petróleo no Brasil, permitindo que o Conselho Nacional do Petróleo retarde a criação da grande indústria petroleira em nosso país, para servir, única e exclusivamente, os interesses do truste Standard-Royal Dutch".

Para Monteiro Lobato, as exigências estabelecidas pelo decreto nº 2.179, de 8 de maio de 1940 – que, entre outras coisas, criava um imposto único federal sobre os combustíveis e lubrificantes líquidos minerais – apenas dificultava a exploração do subsolo, retardando o progresso do Brasil.

Diante da missiva, em 17 de dezembro de 1940, o general Júlio C. Horta Barbosa, presidente do Conselho Nacional do Petróleo, reportou-se ao Tribunal de Segurança Nacional condenando a carta lobatiana, por considerá-la injuriosa, tanto para os agentes envolvidos no setor do petróleo, como também no que diz respeito aos poderes públicos. Com isso, queria que Monteiro Lobato fosse enquadrado no crime previsto pelo decreto-lei nº 431, de 18 de maio de 1938, artigo 3º, nº 25 – que dispunha ser crime contra a segurança do Estado e a ordem social injuriar os poderes públicos ou os agentes que os exercem, com penas que podiam levar de seis meses a dois anos de prisão.

Em 6 de janeiro de 1941, abriu-se inquérito a mando do ministro F. de Barros Barreto para averiguar o caso. No dia 27 do mesmo mês, a Superintendência de Segurança Política e Social de São Paulo já realizava buscas no escritório de Monteiro Lobato, localizado na Rua Felipe de Oliveira, 21, 9º andar, sala 4, apreendendo documentos. Dentre eles, uma cópia da carta enviada ao general Góes Monteiro com o mesmo conteúdo da que fora enviada ao presidente Getúlio Vargas.

O resultado da carta

Em 1° de Fevereiro de 1941 é concluído o inquérito. Com base em tudo o que fora levantado nas investigações, o delegado Rui Tavares Monteiro, da Superintendência de Segurança Política e Social de São Paulo, declarou a respeito do escritor : "procura com notável persistência desmoralizar o Conselho Nacional de Petróleo, apresentando-o a soldo de companhias estrangeiras, em cujo exclusivo benefício toma todas as suas deliberações, o que, a ser verdade, constituiria, sem dúvida um crime de lesa-pátria, que comprometeria o próprio Governo Federal, de que ele é representante".

Quanto a Monteiro Lobato, este também foi ouvido no inquérito e disse que, de fato, escreveu uma carta ao Presidente da República, "na qual, entre outras coisas, acusa o Conselho Nacional de Petróleo de retardar a criação da grande estrutura petrolífera nacional, como perseguir sistematicamente as empresas nacionais; que assim procedendo, o Conselho Nacional de Petróleo agia única e exclusivamente no interesse do truste Standard Royal Dutch; que confirma inteiramente os dizeres da carta em questão, esclarecendo que suas afirmações ali se encontram plenamente justificadas pelos fatos apresentados; que escreveu ao General Góes Monteiro uma outra carta onde tachou o Sr. Presidente da República de displicente, porque não tomava, em relação ao petróleo, as medidas reclamadas pelo declarante, como sendo as que melhor consultavam os interesses nacionais, com a presteza que o declarante desejava".

O inquérito foi enviado ao Tribunal de Segurança Nacional, no Rio de Janeiro. O procurador Gilberto Goulart de Andrade concluiu: "à vista do exposto, é de concluir-se que José Bento Monteiro Lobato está incurso no artigo 3º, inciso 25 do decreto-lei nº 431, de 18 de maio de 1938, sujeito à pena de seis meses a dois anos de prisão".

Monteiro Lobato tentou sair do país e, por isso, em 18 de março de 1941, Gilberto Goulart solicitou ao Presidente do Tribunal, Coronel Maynard Gomes, sua prisão preventiva. O presidente da Corte acatou o pedido e dois dias depois, 20 de março, Monteiro Lobato estava preso na Casa de Detenção de São Paulo.

Em busca da liberdade

Hilário Freire e Waldemar Medrado Dias foram os advogados que atuaram na defesa do escritor. Sobre a carta escrita, argumentaram que : "o autor não divulgou nem autorizou o destinatário ou outrem a divulgá-la, e que, portanto, não produz injúria".

A defesa também se valeu da trajetória literária de Monteiro Lobato, afirmando ser ele um grande nome dentro e fora do país, um verdadeiro representante da cultura do Brasil. E não apenas isso, para os advogados o escritor era um verdadeiro nacionalista, "tanto que foi justamente às classes armadas de seu país que o denunciado ofereceu a expressiva dedicatória do livro 'O Escândalo do Petróleo', o qual, em três meses, de agosto a outubro de 1936, se esgotaram quatro edições, num total de 25 mil exemplares". Nesse livro, Monteiro Lobato identificava o petróleo como a "alma da indústria moderna", a "eficiência do poder militar", "a soberania" e a "dominação".

Outro argumento que também foi utilizado para defender Monteiro Lobato foi sua amizade com Getúlio Vargas. De acordo com os advogados,

essa carta de 5 de maio, no seu tom pessoal e quase íntimo, dirigida ao ‘dr. Getúlio’, é igual a tantas outras, escritas antes e depois dela, ao Sr. Presidente da República. É bem uma fotografia, moral e cívica, do escritor, vivaz e bem intencionado, tomado pelas paixões impessoais do bem público e da verdade, com seu amor às grandes causas, com seu feitio, com seu temperamento, com sua impulsividade, com seu talento literário, com o colorido do seu estilo e com a independência de suas idéias.

Essa carta não constitui injúria ao presidente da República e, por isso, o presente processo, formado em redor dela, é um manifesto erro judiciário, pois falta à espécie o “animus injuriandi†e o “animus nocendi.†Até que foi feita a pergunta: “Por que não agiu contra o denunciado o Sr. Presidente da República?


Sem hesitar, os advogados afirmaram: "o caso, positivamente, não é o de injúria, nem o Sr. Presidente da República nem aos órgãos de sua administração. A remessa da carta de 5 de maio ao Conselho Nacional do Petróleo obedeceu a uma simples praxe que o chefe de Estado estabeleceu normalmente em reclamações análogas, para ser convenientemente informado dos assuntos que motivam as críticas formuladas".

Outro ponto de destaque foi a reprodução, por parte da defesa, da carta de Ronald de Carvalho, do gabinete da Presidência da República, de 31 de outubro de 1934, lembrando que o próprio Getúlio Vargas havia estado com Monteiro Lobato para tratar de estudos sobre os problemas do ferro e do petróleo. A carta dizia : "Meu caro Lobato. O presidente deseja conversar com v. sobre assunto de grande interesse para o Brasil. Peço-lhe, por isso, que venha ao Rio, se lhe for possível, na próxima semana. Aqui fico às suas ordens".

Em 1° de abril de 1941 foi pedida a absolvição de Monteiro Lobato. Em 8 de abril foi realizada a audiência de julgamento no Tribunal de Segurança Nacional. Depois de considerar os argumentos da acusação e da defesa, o coronel Augusto Maynard Gomes, juiz incumbido do caso, proferiu a sentença em favor de Monteiro Lobato, tendo em vista a amizade que havia entre ele e Getúlio, o livre exercício de crítica e o caráter privado da carta. No entanto, houve recurso e o caso foi parar no Tribunal Pleno e por unanimidade de votos o escritor foi condenado a seis meses de prisão - grau mínimo do artigo 3º, inciso 25, do decreto-lei nº 431, de 1938.

Monteiro Lobato ficou preso por três meses por causa de sua intransigente luta em prol da soberania do país nos direitos de exploração do subsolo. Mas, em 20 de junho de 1941 foi posto em liberdade em virtude do alvará expedido pelo mesmo Tribunal que o mandou prender, o Tribunal de Segurança Nacional, por ter-lhe sido concedido, por decreto de Getúlio Vargas, em 17 desse mês, o benefício de indulto.

O espírito de Emília fala mais alto

Poderia até ter saído antes, mas o espírito imprudente de Monteiro Lobato não deixou. Ao receber a notícia de que seria solto, escreveu uma carta ao presidente do Conselho Nacional do Petróleo, o general Horta Barbosa, dizendo-se "profundamente reconhecido pelos deliciosos e inesquecíveis dias passados na Casa de Detenção". Longe do "tumulto humano e das mil distrações" do mundo teve a oportunidade que "sempre havia sonhado" para "meditar sobre o livro de Walter Pitkin, 'A Short Introduction to the History of teh Human Stupidity'".

Resultado : a sentença de soltura foi revogada e Monteiro Lobato ganhou mais algumas semanas na cadeia.
Um pouco mais do espírito sarcástico de Monteiro Lobato você acompanha no áudio que segue. Trata-se da última entrevista concedida pelo autor, em 2 de julho de 1948. Entre os temas tratados estão o petróleo, os escândalos do governo e as personagens infantis criadas. Aproveite!

"O BURRO JUIZ"

Monteiro Lobato

Disputava a gralha com o sabiá, afirmando que a sua voz valia a dele. Como as outras aves rissem daquela pretensão, a bulhenta matraca de penas, furiosa, disse:

- Nada de brincadeiras. Isto é uma questão muito séria, que deve ser decidida por um juiz. Canta o sabiá, canto eu, e a sentença do julgador decidirá quem é o melhor artista. Topam?

- Topamos! piaram as aves. Mas quem servirá de juiz ?

Estavam a debater este ponto, quando zurrou um burro.

- Nem de encomenda! exclamou a gralha. Está lá um juiz de primeiríssima para julgamento de música, pois nenhum animal possui maiores orelhas. Convidemo-lo.

Aceitou o burro o juizado e veio postar-se no centro da roda.

- Vamos lá, comecem! ordenou ele.

O sabiá deu um pulinho, abriu o bico e cantou. Cantou como só cantam sabiás, garganteando os trinos mais melodiosos e límpidos. Uma pura maravilha, que deixou mergulhado em êxtase o auditório em peso.

- Agora, eu! disse a gralha, dando um passo à frente.

E abrindo a bicanca matraqueou uma grita de romper os ouvidos aos próprios surdos.

Terminada a justa, o meritíssimo juiz deu a sentença:

- Dou ganho de causa à excelentíssima senhora dona Gralha, porque canta muito mais forte que mestre sabiá.

Quem burro nasce, togado ou não,
burro morre (*)

(*) A condenação de Monteiro Lobato,

citada anteriormente,

confirmou essa velha fábula.

A sentença deu a razão ao que cantava mais forte...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Assédio moral

Texto muito interessante sobre a violência psicológica coom método de qualidade de serviço, já ultrapassada há muito tempo. Retirado no site InfoMoney.
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Ao longo dos anos, o universo corporativo vem sofrendo inúmeras mudanças, principalmente com a Globalização. A área de recursos humanos, por exemplo, também precisou adaptar-se à nova realidade mundial. Acreditar que a violência psicológica é a única forma de cumprir a meta do mês ou melhorar a qualidade do serviço prestado é uma conduta condenável e uma técnica de motivação ultrapassada.

Infelizmente, essa é a realidade de muitas organizações que ainda não despertaram para a importância de se adotar uma política sadia de gestão de pessoas. Esse cuidado, além de manter um ambiente saudável, livra a empresa de ter que amargurar prejuízos com multas e novos treinamentos.

Todos os colaboradores se submetem a situações que levem ao constrangimento. O ato praticado pelo empregador contra o empregado ou pessoa de sua família, lesivo da honra ou boa fama, que ofenda sua moral, já está discriminado na letra "e" do artigo 483 da C.L.T., como passível de rescisão indireta do contrato de trabalho podendo, ainda, o empregado requerer a devida indenização por danos morais.

Apesar de ser eminentemente subjetivo, o dano moral surge devido a uma ação que viole a honra ou a imagem causando dor ou sofrimento ou ainda, os direitos da personalidade, direito à imagem, ao nome, à privacidade ou dos atributos da pessoa (artigo 5º., inciso V e X da Constituição Federal). Circunstancias que culminem em abuso emocional no local de trabalho, de forma maliciosa, não-sexual e não-racial, com o fim de afastar o empregado das relações profissionais, através de boatos, intimidações, humilhações, descrédito e isolamento devem ser evitados. Além disso, constranger o funcionário para pedir demissão ou aderir a programa de demissão voluntária, fazer exigências impossíveis, deixá-lo sem trabalho ou não chamá-lo para reuniões, tirar sua comodidade com atitudes como mudá-lo de sala, tirar sua mesa, seu computador também configura assedio moral.

Outra forma bastante comum de assedio moral, e que alguns empregadores desconhecem, ou ignoram, é em relação ao cumprimento quanto às obrigações contratuais, higiene e segurança do trabalho. A honra e a imagem de qualquer pessoa são invioláveis (art. 5º, XI da Constituição Federal) e no que diz respeito à natureza das lesões passíveis de indenização, não mais subsistem dúvidas quanto à total reparabilidade de toda e qualquer espécie de dano moral (artigos 159, 1.518, 1.550 do Código Civil).

Para produzir provas em audiências, o empregado pode contar com a ajuda da tecnologia, além das testemunhais já conhecidas. Dependendo do entendimento do juiz que irá sentenciar o processo, será permitido também a gravação através de celulares, canetas filmadoras e webcam.

Para evitar que situações de abuso emocional ocorram nas corporações, aconselho maior conscientização dos gestores sobre a questão para que situações de total constrangimento não terminem no tribunal, ou em piores casos, na imprensa.

Além do alto custo de uma ação do gênero, é preciso levar em conta que a exposição de trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras é muito mais fiscalizada hoje que no passado. O empregador deve evitar, portanto, quaisquer das situações citadas, bem como usar de cautela para lidar com seu empregado ou no caso de chefia, com seus subordinados, respeitando-os e, acaso haja necessidade de conversar sobre situações indesejáveis, que o façam de forma mais branda e sutil possível, evitando dissabores entre as partes.

Edson Baldoíno Júnior, advogado especializado em direito empresarial, é um dos consultores e sócio do escritório Baldoíno Advogados Associados. Para saber mais sobre a atuação do advogado, acesse o site www.baldoinoadvogados.com.br

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Comprometimento: essencial a qualquer líder

- Matéria retirada no site da Redação Liderança
matéria incluída em: 01/07/2009

Não me comprometa foi um quadro humorístico no passado que mostrava um indivíduo incapaz de assumir qualquer responsabilidade como gente, profissional e muito menos como líder. Sua voz esganiçada e irritante fazia rir, traduzindo o perfil indesejado de muitos.

O comprometimento é criado por um processo evolutivo que começa com informação. Ninguém desinformado, sem saber em que cumbuca irá colocar sua mão, conseguirá se comprometer. O segundo estágio é o conhecimento – o aprofundamento no assunto que lhe cabe administrar. Um conhecedor informado evolui para o estágio do entendimento, que possibilita avaliar uma situação com segurança, discernir o certo do errado e propor soluções apropriadas. Somente após o estágio do entendimento é que alguém consciente poderá atingir o patamar do comprometimento.

Um líder compromissado se mune das informações certas e conhecimentos para entender a realidade como ela é e não como gostaria que fosse. Assim, consegue conduzir um plano de ação consistente e viável.

A receita está descrita. É simples e clara e se nem todos os líderes a seguem, não é por ser difícil, mas por lhes faltar vontade e disciplina.

Sabemos das conseqüências de um líder descompromissado. Seu discurso não é acompanhado das atitudes condizentes e sua equipe, ao refletir o comportamento do chefe, passa a ser alvo de críticas, ficando desorientada e desmotivada.

Outra coisa é a informação precisa, não truncada e em cima da hora. Quando todos têm as mesmas informações, ao mesmo tempo, de forma clara, não há espaço para desentendimento e fofoca.

Líderes comprometidos são íntegros e éticos e, portanto, confiáveis. Seu comprometimento é propagado para toda sua equipe e repercutido por toda a organização. Seu grau de exigência é aceito com naturalidade, pois ele cria uma consciência coletiva ao reproduzir o mesmo processo – informar, prover conhecimento e estimular o entendimento. Além de comprometido, é um líder inspirador, por isso é admirado. Assim como nós esperamos o comprometimento dos que nos cercam, todos esperam o mesmo de seus líderes. O exemplo vem de cima.

O que de fato retrata o comprometimento? Entendo que algumas coisas são essenciais, dentre elas está o cumprimento do prometido. Comprometimento – obrigação por compromisso – é palavra, aquela que, como no passado, era honrada ao fio do bigode. Portanto, antes de tudo, o líder precisa ser capaz de se comprometer com a palavra dada, sem se esquivar por trás de desculpas defensivas. O compromisso com a verdade é imbatível. Ninguém tolera líder que não “sustenta em pé o que falou sentado”. Mesmo diante do maior erro, a verdade deve ser soberana na liderança pelo exemplo.

A atitude do líder, diante do comprometimento, é também fundamental para a motivação de sua equipe. Ela pode levá-lo ao sucesso total ou a um simples arrastar de pé sem entusiasmo. Outras tantas poderiam ser enumeradas, mas encerro apenas com uma sabedoria de Vince Lombardi: “A qualidade de vida de uma pessoa é diretamente proporcional ao comprometimento com a excelência, independentemente do campo de desempenho escolhido”. Quando se trabalha com paixão, comprometimento e prazer se fundem em tal profundeza, de que nada é impossível.

Informar, conhecer e entender são os degraus básicos para o líder demonstrar seu comprometimento, uma de suas competências essenciais.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Pesquisa mostra que população não acredita no marketing verde

Fonte: Eco-Finanças - (06/05/2009)

Pesquisa feita pelo instituto Datafolha a pedido da organização Amigos da Terra - Amazônia Brasileira - que desde o ano 2000 desenvolve o Eco-Finanças, programa pioneiro que estimula a administração ambiental no mundo financeiro - revela que os clientes das instituições bancárias não acreditam que os bancos desenvolvem medidas socioambientais realmente efetivas.

Segundo a pesquisa, os clientes entendem que bancos gastam mais com propaganda do que nas ações propriamente ditas, e os investimentos em marketing dos bancos para mostrar suas ações de sustentabilidade socioambiental são recebidos com ceticismo pelos clientes. Para 89% dos consultados, os bancos anunciam boas práticas de sustentabilidade ambiental, mas gastam mais em propaganda do que nas ações divulgadas. Entre 12 grandes bancos públicos e privados, o Banco do Brasil e o Bradesco estão no topo tanto da lista das instituições apontadas com as que teriam as melhores práticas ambientais como no ranking oposto.

Foram feitas 2.055 entrevistas entre 2 e 14 de abril com brasileiros de 18 anos ou mais, donos de telefones fixos, em todo o país. A maioria (70%) diz que daria preferência a bancos que os informassem sobre os impactos socioambientais de seus investimentos. Dentre esses, mais da metade trocaria de instituição bancária se estas informações fossem oferecidas pela concorrência, desde que recebessem condições comerciais idênticas, e 18% dos entrevistados declararam que passariam à instituição mais transparente independentemente de serviços e taxas.

Na questão referente ao comportamento dos bancos frente à destruição ambiental, 81% opinaram que eles não fazem o suficiente e, destes, 27% disseram que as instituições financeiras poderiam pelo menos exigir o respeito das leis. Fernando Martins, diretor-executivo de estratégia de marca e comunicação corporativa do grupo Santander Brasil, disse ao jornal Valor Econômico que "a publicidade, num mundo onde as pessoas têm cada vez mais informações, ficou um pouco para trás e tem que se reinventar. A sustentabilidade é nova neste cenário e muita gente vem usando isto de forma oportunista".

A pesquisa "A Visão da População Brasileira sobre Bancos e Práticas Socioambientais" revela, contudo, uma contradição: os brasileiros apontam o Banco do Brasil e o Bradesco como os que mais financiam a destruição ambiental e ao mesmo tempo como os responsáveis pelas boas práticas. É possível que isso se dê pelos projetos que o BB desenvolve em regiões e pelos investimentos do Bradesco em educação, através da Fundação Bradesco.

Veja a pesquisa na íntegra.

sábado, 4 de julho de 2009

Educação Financeira

Complementando texto escrito anteriormente, a reportagem da TV Globo / RPC, do programa Bom Dia Paraná, sobre Educação Financeira.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Governo Barack Obama e o Meio Ambiente

A esperada virada na política climática dos EUA começa, enfim, a tomar uma forma. Se com a crise econômica foram colocadas em xeque as promessas do presidente Barack Obama, agora podemos dizer que o governo americano está se adaptando à nova realidade global. No dia 16/06, a Casa Branca deu o mais importante passo (até agora) neste sentido, ao divulgar um relatório sobre os impactos do aquecimento global no país. Coordenado pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (Noaa) e pelo Laboratório Marinho e Biológico de Woods Hole, o trabalho também contou com o auxílio de diversos estados da federação e agências envolvidas com o tema.

Segundo os diretores do projeto, o essencial na formulação da pesquisa foi eliminar a margem de erro e apresentar conseqüências concretas, as quais às vezes se perdem em meio a tantos boatos e conjecturas apresentados pela mídia. O trabalho visa esclarecer o povo e – principalmente – os políticos americanos quanto à seriedade e dimensão do problema. Como declarou Thomas Karl, um dos diretores do Noaa, “Nós gostaríamos de deixar claro que as mudanças climáticas já estão em curso e afetam de fato nossas vidas. Não se trata de um fenômeno restrito às geleiras do Ártico”.

Segundo o relatório, tempestades freqüentes e alterações em rios já são uma realidade, assim como o aumento das temperaturas e do nível do oceano. Caso nada seja feito, os efeitos serão devastadores: ao fim do século, a temperatura do país estaria 11° mais elevada, pântanos e toda a agricultura da Flórida desapareceriam, os Grandes Lagos ficariam significativamente mais vazios, os vinhedos da Califórnia seriam extintos e as cidades de Nova York e Los Angeles acabariam parcialmente submersas. E estes são apenas alguns exemplos.

Com esta confessão de mea culpa da própria Casa Branca, deverá se acelerar o processo de votação da mais importante proposta de lei em torno do assunto, conhecida por “Waxman-Markey bill”. Elaborada em 648 páginas, a proposta combina a definição de rígidos limites para o emprego de tecnologias e recursos que ameacem o meio ambiente (especialmente em relação à emissão de CO²) com incentivos para aqueles que adotarem rapidamente as fontes de energia limpa e as tecnologias de eficiência energética.

O grande trunfo da proposta é apresentar maneiras de aliar esta revolução com a transformação natural e necessária que a economia americana vem exigindo para se adaptar a uma nova era em que a China desponta como uma ameaça às suas pretensões comerciais. A proposta de lei, portanto, prepara o país para liderar uma nova economia energética, tornando o país pioneiro na implantação de diversos “green jobs” e novos setores e “indústrias” ambientais.

É um fato que esta mudança não depende apenas do governo americano. Caso a proposta seja aprovada, é necessário que a influência do país seja suficiente para que a economia global absorva as intenções americanas e que não haja uma resistência que torne impossível a implantação das medidas necessárias.

A resistência da China é um primeiro aspecto que preocupa. O país já superou os EUA como o país que mais polui e ainda não encontrou uma maneira de conciliar seu crescimento desenfreado com uma política ambiental sustentável. Na realidade, é possível afirmar sem muita dúvida que dificilmente o país encontrará esta maneira. Com terras abundantes em carvão, um dos motores do crescimento, os chineses estão em posição delicada. Mesmo que haja por parte de alguns políticos a consciência do problema, é ingênuo imaginar que em algum momento o bem do mundo será colocado à frente da economia chinesa.

Como a outros países em crescimento – a Índia, por exemplo – também não interessam grandes limitações ambientais, permanece em suspenso o efeito real da nova postura americana. Estamos diante de um grande momento histórico, diante da possibilidade de um salto na relação entre o homem e seu meio. Resta saber se existe, de fato, um interesse global por este salto.



* esse texto é da autoria de Mauro Kahn & Pedro Nobrega. Leia outros 30 artigos destes autores publicados no site www.artigonal.com.br, saiba mais sobre meio ambiente no site www.mbcursos.com.br.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Organização Pessoal

A vida de um grande líder não deve se resumir apenas às suas atividades profissionais. Uma organização pessoal, com planejamento de custos e controle de suas ações podem interferir no bom andamento do seu exercício individual e coletivo. Um dia de trabalho pode se tornar improdutivo quando não se programa cada passo, quando há uma desorganização e falta um planejamento. A má administração do tempo disponível pode levar ao excesso de trabalho ou o descumprimento do mesmo.

Atrelado aos deveres do dia-a-dia, existe uma série de interferências, sejam emocionais, sejam pontuais. E na atual conjuntura, nesta nova dinâmica do mercado em meio a uma crise econômica, uma melhor empregabilidade da produção fará a grande diferença na competição acirrada do mercado. Os problemas não podem “pegar” um verdadeiro LÍDER de surpresa.

A capacidade de organização é uma capacidade que pode, e deve, ser desenvolvida. E para isso, é necessário ter disciplina e determinação. Melhor, basta querer. O que não quer dizer ser metódico, que é marcado por rigidez e inflexibilidade. Ao contrário, é preciso estar atento a qualquer mudança, a qualquer interferência e um dos segredos é se adaptar. Mas claro, tendo noções de todos os passos.

Assim como essa, há uma série de dicas que podem servir como ferramenta para essa melhor organização pessoal. Os Líderes apresentam algumas delas, tiradas do texto “O sucesso da Organização Pessoal”, do consultor sênior Ylka Bancillon de Aragão:


  • Priorize a organização da sua mesa de trabalho, tente mantê-la limpa, sem excessos de papéis e pastas, para que você não perca tempo manuseando uma dezena de vezes uma mesma pilha de papéis em busca de um documento:
  • Responda imediatamente, sempre que possível, as suas correspondências e e-mails;
  • Ordene o fluxo de papéis que chegam diariamente à sua mesa, classificando-os de acordo com as prioridades;
  • Arrume suas gavetas pelo menos uma vez por semana, descartando as inutilidades;
  • Evite anotações em pequenos papéis, reduzindo as chances de extravio. Não esqueça de registrar a data em que você fez a anotação. Faça uma lista diária de tarefas, se preferir use o computador, porém não esqueça de revisá-la no início e fim do expediente;
  • Faça backup dos seus arquivos diariamente, a qualquer momento você poderá ser atingido por um vírus;
  • Organize seus arquivos eletrônicos por diretórios , pastas e arquivos;
    Atualize a sua agenda telefônica imediatamente após ser informado da mudança do número de um cliente, fornecedor ou amigo.
Essas são algumas dicas para uma melhor organização de sua vida pessoal. Mas é claro, a parte doméstica também é importante. Baixe, em anexo, essa planilha modelo. É uma ótima dica, do blog d’Os Líderes, para uma organização pessoal exemplar.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Liderança que vem de milênios

Quando pensamos em liderança, paramos para imaginar uma série de grandes nomes na história da humanidade que puderam nos dar suas experiências e modelos de atuação. Jesus Cristo, Napoleão Bonaparte, Gandhi e outros nomes fazem parte do nosso imaginário. Mas para entender melhor o sentido da atividade de liderar, temos que voltar um pouco mais na história para ver que certos valores já eram características dos grandes líderes.

O blog dos líderes disponibiliza este texto do Wellington Balbo trazendo a experiência do filósofo Confúcio para os entendimento das ações do verdadeiro líder.

A liderança na China de cultura milenar

A questão que envolve a liderança faz parte da pauta de humanos e animais desde Eras longínquas. No mundo animal há líderes na condução de seus pares para objetivos que, vão desde a busca da alimentação até a proteção contra ataques de grupos rivais, é assim com os chimpanzés, por exemplo. Com os humanos não é diferente, desde os primórdios que o homem elegeu líderes, pessoas dotadas de iniciativa que com grande capacidade de persuasão vão á testa conduzindo multidões. A presença do líder é, e sempre será necessária, partindo do princípio das variedades de aptidões, habilidades e dificuldades que todos temos, é imprescindível que haja alguém para ditar um norte a ser seguido. Isso ocorre, inclusive, em nossos primeiros contatos com a sociedade, no seio familiar. Na família as crianças têm nos pais as figuras dos líderes, porquanto incapazes de tomar decisões sozinhas, necessitam de alguém que as conduzam, os pais, portanto, são os líderes. Partindo dessa premissa,
percebe-se que, quanto mais imaturas as criaturas, mais firmes no que concerne à imposição de regras devem ser os líderes. Há pessoas que, de tão imaturas necessitam de regras firmes, imposições fortes que as façam seguir dentro dos padrões traçados. A história do mundo traz esse registro, mostrando a necessidade de líderes austeros na condução de civilizações com o senso crítico e discernimento ainda incipientes. Em tempos remotos seria um tanto complicado liderar povos rudimentares em inteligência de forma democrática. Era necessário um tanto mais de evolução para que a liderança se fizesse mais branda no tocante às imposições. Entretanto, houve e há povos mais amadurecidos, conscientes de seu papel no meio em que estão inseridos, para eles os líderes são instrutores, facilitadores, amigos e conselheiros que em vez de impor indicam, informam, ensinam.

A história do mundo narra a presença de grandes líderes na condução de povos, culturas, civilizações.

Na China milenar, o notável Confúcio (551 a.C - 479 a.C) discursava sobre as habilidades dos grandes líderes. O sábio costumava dizer que os verdadeiros líderes o são por excelência moral, e não por imperativos e imposições do berço. Para Confúcio o grande líder é feito de atitudes condizentes com o interesse coletivo, se necessário for, ele renega suas vontades para que prevaleçam as necessidades do grupo. Detalhe significativo: as idéias de Confúcio sobre liderança foram grafadas na história do mundo há mais de 2.500 anos. Mêncio (a.C 371-289 a.C), conterrâneo de Confúcio e seu seguidor, notabilizou-se como o segundo sábio, suas idéias no tocante à liderança também eram avançadas para a época. Tanto é que não gozava de grande popularidade junto aos soberanos. Pudera, Mêncio situava o povo como o elemento mais importante da nação, depois o espírito da terra e a agricultura, os soberanos ficavam em último. Avançando alguns séculos na história nos deparamos com a figura de Maquiavel, que ficou conhecido com sua obra: O príncipe. São intrigantes as referências históricas em relação à obra do escritor italiano, há um exemplar do século XVIII com anotações de Napoleão Bonaparte. A posteridade transformou Maquiavel em figura nada simpática, o adjetivo maquiavélico é oriundo de seu nome. Mas, interessante que algumas idéias do italiano não são maquiavélicas, mas, sim, coerentes no que concerne à liderança, principalmente na atualidade, diz ele:

"A primeira qualidade do príncipe é a qualidade dos homens que o cercam".

A recíproca é verdadeira. Os líderes são reflexos de nossas virtudes e limitações. Fácil entender que Maquiavel se refere à lei de afinidade. Trocando em miúdos: o líder conduzirá aqueles que possuem ideais semelhantes ao seu. Indo um pouco mais além se afirma que: cada grupo tem o líder que merece.

Atualizando essa prosa compreendemos que: uma empresa na qual seu líder atua de forma ética e responsável social e ambientalmente, será repleta de pessoas responsáveis e éticas. Por isso o papel do líder é de significativa importância dentro do contexto de uma organização e do mundo. O líder terá seguidores, será o exemplo, o observado, suas atitudes tendem a ser copiadas, suas palavras passadas a diante com um forte peso. Se responsável, coerente, honesto, competente, será cercado de pessoas competentes, honestas, responsáveis. O líder deve ter a capacidade de transmitir seus conhecimentos de maneira simples e inteligível, ele é o apoio, o alicerce, a base das construções de sua equipe. Uma equipe insegura reflete um líder inseguro, uma equipe que busca culpados para seus equívocos reflete um líder que se livra das responsabilidades. O líder atual busca soluções e não culpados, como bem define Confúcio, o líder verdadeiro é uma excelência moral e ética. O líder eficaz sabe a hora correta de repreender e elogiar. Todos, de uma forma ou outra representamos o papel de líder, daí a importância de nos conectarmos com as diretrizes de uma liderança saudável. Há empresas que não respeitam o consumidor, enganadoras, intentam levar vantagem em tudo, ferem direitos alheios e jamais cogitam de seus deveres. Estas tenhamos a certeza, refletem lideranças desastradas, desencontradas, muitas vezes conseguidas através de negociatas escusas. Deveriam se atentar para o que diz Mêncio: o povo, ou seja, os liderados, os consumidores, enfim, a sociedade em primeiro lugar. O líder real pensa sempre no benefício do conjunto, na agregação de valores, na condução de uma política coerente.

Quanto mais evoluída uma organização, mais democráticos seus lideres. Quanto mais conscientes as pessoas, menos impositivos seus líderes. Quanto mais evoluído um país, mais honesto e justos seus líderes. Como diz Maquiavel: "A primeira qualidade do príncipe é a qualidade dos homens que o cercam".

Acrescentamos, a recíproca é verdadeira, podem acreditar.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

31 descobertas sobre liderança

Muitos são os especialistas que alertam para a iminente carência de lideranças no mundo dos negócios, causada pela aposentadoria de grande parte dos atuais líderes e uma nova visão do mercado. E advertem, ainda, que a perda de líderes experientes com significativo conjunto de conhecimento sobre suas empresas e seus setores de atividade pode representar um risco para o crescimento. O grupo Os líderes encontrou este estudo elaborado por Paul R. Berthal e Richard s. Wellions, respectivamente diretor e vicepresidente sênior da firma de consultoria mundial Development Dimensions International (DDI). O estudo Leadership Forecast tentou mapear a liderança empresarial do planeta. Foram feitas 31 descobertas que o blog Os Líderes apresenta:

Descoberta 1: Líderes acreditam que “a capacidade de alcançar as metas” é o que gera mais respeito por uma liderança.


Descoberta 2: Cerca de um terço dos líderes que surgem de dentro das organizações fracassa por lidar mal com as pessoas e por carecer de habilidades interpessoais.


Descoberta 3: Nos últimos seis anos, o departamento de RH perdeu confiança na liderança, enquanto os líderes ganharam autoconfiança


Descoberta 4: Três de cada dez líderes não apresentam as qualidades essenciais para uma liderança eficaz.


Descoberta 5: Uma liderança firme faz com que seja mais provável a execução bem-sucedida da estratégia de negócios.


Descoberta 6: Somente metade dos líderes está satisfeita com as oportunidades de desenvolvimento oferecidas por suas organizações.


Descoberta 7: Os profissionais de RH vêem melhorias na qualidade dos programas de desenvolvimento de líderes nos últimos quatro anos.


Descoberta 8: A capacitação formal é a prática mais comum no desenvolvimento de líderes, mas a delegação de tarefas e os projetos especiais são mais eficazes.


Descoberta 9: Os líderes têm grandes benefícios com a utilização de mentores e coaches pessoais.


Descoberta 10: Menos da metade dos líderes possui um plano de desenvolvimento.


Descoberta 11: As organizações com programas de desenvolvimento de líderes de alta qualidade e planos formais de gestão da sucessão têm desempenho superior.


Descoberta 12: Nos últimos dois anos, a rotatividade de líderes caiu quase um terço.


Descoberta 13: Os atuais líderes são leais e estão mais motivados do que nunca.


Descoberta 14: Um de cada quatro líderes já pensou em desistir de sua posição de liderança, por conta do desejo de perseguir objetivos pessoais ou de carreira.


Descoberta 15: Quase metade dos planos de sucessão não consegue dar apoio ao desenvolvimento de futuros líderes.


Descoberta 16: As promoções de carreira têm mais sucesso quando os planos de sucessão contam com o apoio do presidente da empresa, envolvem gerentes de linha e coletam dados objetivos sobre os candidatos.


Descoberta 17: No futuro, será mais difícil preencher posições de liderança sênior.


Descoberta 18: Um terço dos planos de sucessão é ineficaz e não passou por melhorias nos últimos dois anos.


Descoberta 19: Metade das organizações possui um plano de sucessão, mas não há evidências de aumento do uso desses planos nos últimos dois anos.


Descoberta 20: As organizações prevêem aumento das promoções internas para preencher posições de liderança.


Descoberta 21: Embora as organizações se concentrem no plano de sucessão nos escalões mais altos de liderança, uma de cada quatro também possui planos para os demais níveis hierárquicos.


Descoberta 22: Entre um quarto e metade dos líderes de todos os níveis acha que se espera demais das lideranças seniores atualmente.


Descoberta 23: Os líderes em geral estão preocupados principalmente com as relações com os clientes, controle de custos, aproveitamento dos talentos e qualidade.


Descoberta 24: Em comparação com seis anos atrás, subiu cerca de 20% o número de líderes focados em gestão de talentos e no controle de custos.


Descoberta 25: Três de cada dez líderes têm dificuldade em encontrar o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.


Descoberta 26: O desequilíbrio entre vida pessoal e trabalho se traduz em alta rotatividade e, por isso, em custos mais elevados.


Descoberta 27: A ambição pessoal e a necessidade de realização são fatores que levam ao desequilíbrio entre vida pessoal e trabalho


Descoberta 28: Ainda que o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho melhore a retenção, apenas uma de cada quatro organizações se preocupa em promovê-lo ativamente.


Descoberta 29: Três de cada quatro líderes desejam ser promovidos, principalmente porque querem aplicar suas capacidades e contribuir mais para a empresa


Descoberta 30: A maioria dos líderes chegou a sua posição preparando-se para isso


Descoberta 31: Os líderes aprendem principalmente observando os outros e por tentativa e erro.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Crise Financeira: como está o nosso país

O grupo Os Líderes selecionou esta matéria produzida pela jornalista Tabata Pitol Peres, do InfoMoney, sobre a crise financeira e a situação brasileira. Confira!


"
SÃO PAULO - O descontrole financeiro, diversas vezes apontado como a principal causa da inadimplência no Brasil, deve diminuir bastante após a crise financeira enfrentada no País. A afirmação é da gerente da Telecheque, Cláudia Maciel.

"Acredito muito no ditado que diz: gato escaldado tem medo de água fria. Portanto, estou certa de que muita gente que foi pega de surpresa com os impactos da crise, e que não conseguiu honrar suas dívidas, vai pensar duas vezes antes de fazer gastos desnecessários novamente", afirma.

Educação financeira
Para Cláudia, o descontrole financeiro que afeta diversos brasileiros acontece pela falta de educação financeira no País. "As pessoas deveriam aprender a lidar com o dinheiro na escola. Deveria haver uma matéria que ensinasse a usar o dinheiro de forma racional. A crise serviu para vermos que essa é uma deficiência muito grande que o Brasil tem, porque mesmo no período mais crítico da crise, muita gente continuou gastando sem muito critério, por isso o alto índice de inadimplência".

Porém, ela acredita que quem passou por situações de aperto nos últimos meses aprendeu a lição. "É uma pena que não exista uma educação financeira eficiente para todos os brasileiros, e que muitos tenham que aprender a cuidar do dinheiro passando por situações de dificuldade".

E completa: "mas acho que muitos aprenderam a lição e vão botá-la em prática. E será mesmo necessário, porque já estamos vendo mais oferta de crédito no mercado e prazos mais longos e é preciso atenção para não se endividar novamente. O exercício de resistir às ofertas de crédito e às propagandas precisa ser um exercício constante".

A gerente finalizou afirmando que comprar é bom e necessário, mas com moderação. "É muito bom que haja mais crédito disponível e maiores prazos, isso facilita o consumo e o consumo é necessário, tanto para quem compra, quanto para a economia do País. Porém precisa ser um consumo bastante consciente"."

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Não premiou seu intraempreendedor hoje? Prepare-se para perdê-lo

Essa matéria foi retirada da InfoMoney. O texto é de Karin Sato.

"SÃO PAULO - O sugestivo título desta matéria foi escrito pelo vice-presidente de Operações da consultoria DBM, Rogério Chér. Segundo ele, não é à toa que as pessoas falam tanto do intraempreendedor, o profissional que, apesar de não ser o dono do negócio, age como tal, no sentido de fazer com que a empresa inove, mude, cresça e apareça perante as concorrentes.

Para o empresário, é muito bom ter funcionários intraempreendedores. "É extremamente difícil, para o dono do negócio, liderar e vencer esta batalha sozinho, sem apoio", afirma Chér. "Por isso, ter ao lado colaboradores que agem como sócios já é, por si só, uma vantagem competitiva relevante".

O que faz o intraempreendedor desistir?
O vice-presidente de Operações da DBM reflete sobre o que faz o intraempreendedor desistir e pedir demissão. Segundo ele, as principais motivações voltam-se sempre para a cultura da empresa e de seus principais gestores.

"Não raro, o ambiente das corporações funciona como uma força que expulsa da organização seus talentos. É o caso das empresas com postura conservadora, pouco competitivas ou intolerantes a riscos e fracassos. Ao não abrir espaço para seus intraempreendedores dedicarem-se a projetos inovadores, elas iniciam o movimento de perda desses profissionais, que, ocasionalmente, viram temidos concorrentes".

O problema, para o especialista, é que é difícil reconhecer empresas desse tipo. "Seu sistema imunológico funciona sempre na defesa do status quo (estado atual) e, por meio de sistemas, hierarquia e políticas internas, elas decidem não decidir ou manter-se lentas e paralisadas em relação aos desafios do mercado", afirma.

Às vezes, o esforço não compensa

Chér enfatiza que, embora "endeusados", os empreendedores corporativos são seres de carne e osso e, como tais, necessitam de recompensas. "Eles têm disposição para o desafio de transformar uma ideia em um negócio e em uma realidade dentro da empresa em que trabalham, mas precisam sentir-se não apenas desafiados, mas recompensados e desejados", explica.

"Por mais que trabalhem com visões e sonhem de olhos abertos, os empreendedores corporativos vão além: eles imaginam e planejam o negócio, desde os aspectos organizacionais e operacionais, passando até pelas reações dos clientes ao produto ou serviço. Eles fazem. Por isso, merecem não apenas o desafio, mas também a recompensa", completa."

domingo, 31 de maio de 2009


Trecho tirado do livro Transformando Suor em Ouro, do ex-jogador e treinador (vitorioso) de vôlei Bernardinho

“O Marechal inglês Sir Bernard Montgomery, o da invasão da Normandia, na Segunda Guerra Mundial, também acreditava na força do olhar. Não por acaso ele fazia questão de passar suas tropas em revista antes de cada batalha. Seus soldados achavam muito estranho aquele ritual. ‘Lá vem aquele maluco’, diziam. ‘A gente indo para a linha de fogo e ele preocupado com o corte de cabelo, a barba, o uniforme...’
Não era nada disso. No livro Máster os the Battlefield, Nigel Hamilton transcreve a explicação do próprio Montgomery: ‘... o que eu queria era olhar bem nos olhos de cada homem para ver se percebia neles o brilho da vitória’.”

- veja mais textos do livro “ Transformando suor em Ouro” no Twitter de Os Líderes

Família Gabry : Uma família concretizando sonhos

Em entrevista com Ronaldo e seu irmão Roney Gabry (sócios das empresas EQUIPE Projetos e Construções Ltda., e GACON Projetos e Construções Ltda., respectivamente), começamos a entender como essa história de sonhos, pôde se concretizar. Depois de muito trabalho, é claro! Como diz Roney Gabry.

Começaram nos anos 60 construindo pequenas casas (de altíssima qualidade, marca registrada da família Gabry) na distante e pacata Pádua, noroeste do Estado do Rio de Janeiro. Com a qualidade de suas obras logo conseguiram prestar serviços para o Governo do Estado.

Mesmo com dificuldades, e não eram poucas, fizeram diversas obras na região (desde colégios, postos de saúde, prédios comerciais e residenciais). Sempre juntos os irmão Ronaldo e Roney, contavam com a ajuda de seu irmão mais novo Reginaldo Gabry (atualmente sócio majoritário da empresa Itaúba Arquitetura e Construções Ltda.), que sempre priorizava seus estudos e sua faculdade de arquitetura. As obras foram se sucedendo e a cidade foi ficando pequena para tanto talento.

Ronaldo Gabry, resolveu mudar de ares em meados dos anos 70. Escolheu Niterói (RJ) uma cidade em plena expansão, com 250.000 habitantes, e um potencial incrível, com belas praias e bom poder aquisitivo, cenário perfeito para servir de tela para sua arte.

Em Niterói (RJ), fincou seu "bate estaca" para fazer história. Ali entre imóveis comerciais e residenciais foram mais de 3000 unidades, inclusive um loteamento quase inteiro (loteamento Argeu Alvim, Itaipu, Niterói-RJ). Foi nesta época que quase sem querer lançou uma idéia genial, a "Sofistcasa". Marca registrada de qualidade das casas da construtora Equipe.

Perguntado pela equipe de "os Líderes", como havia surgido a idéia de dar uma marca as suas casas, Ronaldo Gabry responde com a simplicidade que todo líder deve ter:

- Eu copiei! Não criei nada, tinha um construtor na região que havia lançado uma marca para suas casas, e eu gostei da idéia e resolvi copiar. Agora, o nome que foi mais difícil, fiquei noites pensando. E foi de repente que achei, sabe como? Copiei das balas Soft, lembra? Pois é foi assim.

Roney e Reginaldo também vieram para Niterói(RJ), chamados pelo seu irmão mais velho para ajudar a ratificar o talento desta família. Juntos fizeram mais de 400.000 m2 em obras residenciais e comercias, e a marca "Sofistcasa", se tornara a sensação da Região Oceânica de Niterói(RJ), a ponto de vender casas por encomenda, como diz Roney:

- Ainda estávamos batendo as lajes das casas (já vendidas), e chegavam clientes e corretores querendo saber onde seriam nossas próximas obras. Inacreditável, para a época.

No fim dos anos 80 o então arquiteto Reginaldo Gabry, resolveu abrir sua própria empresa, fundou a ITAUBA Arquitetura e Construções Ltda. Uma empresa que não poderia ser diferente da EQUIPE de Ronaldo e Roney Gabry, prezando sempre pela qualidade e tecnologia em suas obras e projetos. Fez várias casas na Região Oceânica de Niterói (RJ), condomínios, imóveis comerciais, obras de infra-estrutura do colégio Abel e a Faculdade La Salle.

Atualmente Reginaldo Gabry, volta suas atenções para a construção de um edifício comercial no ponto mais nobre de Niterói(RJ), o bairro de Icaraí, empreendimento este já totalmente vendido.

Nos anos 90 Roney com seus filhos Roosevelt e Rogério Gabry (já formados),fundaram a GACON Projetos e Construções Ltda., (fruto da cisão com a EQUIPE) que também prezava por construir casas de altíssima qualidade no bairro nobre de Camboinhas na Região Oceânica de Niterói (RJ), fizeram ainda outros empreendimentos como prédios residenciais, totalmente vendidos.

Ronaldo ao lado de sua filha Cristina Gabry, administram atualmente várias obras da EQUIPE em Piratininga (praia mais extensa da região oceânica de Niterói-RJ), algumas já concluídas e outras em andamento, tendo como um dos principais empreendimentos já realizados pela sua empresa, o condomínio"Ilhas do Sol", que virou referência de qualidade, na belíssima Itacoatiara, local paradisíaco, sendo apontada como uma das mais belas praias do Brasil.

Vendo todo esse sucesso da família GABRY, nos perguntamos, como isso foi possível? Sair do interior e conseguir virar uma referência em construção numa cidade grande, com diversos concorrentes locais e até mesmo concorrendo com gigantes da construção civil de todo país, inclusive de capital aberto. Como pode isso?

A resposta desses verdadeiros líderes, é simples e muito preciosa:

- Tudo depende no que você acredita que pode fazer. Trabalhe mais que seus comandados, seja honesto e justo, saiba tomar decisões na hora, tenha credibilidade, seja amigo e faça tudo com muito amor. Assim você vai ser um LÍDER e vai conseguir resultados inimagináveis.



quarta-feira, 27 de maio de 2009

Liderança nas redes Sociais Virtuais

Estar atento às novidades, participar e ter o domínio das ferramentas e plataformas que a internet proporciona, e, acima de tudo, considerar ou avaliar como estratégia de marketing e negócios. Atualmente CEOs, gerentes, empresários - líderes em geral -, vêm utilizando as redes sociais como espaço não só para troca de experiências, como também uma oportunidade para atuação no mercado. Esse texto foi divulgado no site da InfoExame, escrito pela jornalista Daniela Moreira, e mostra como os grandes líderes estão absorvendo de aneira positiva as novas redes sociais. lembrando que o grupo Os Líderes também está no twitter (@oslideres)





"Empresas adotam rede social como estratégia

SÃO PAULO - As redes sociais estão definitivamente no radar das empresas americanas: 30% dos executivos ouvidos em um estudo da Deloitte nos Estados Unidos as consideram parte da estratégia de negócios e operações das suas companhias.

O estudo mostrou ainda que em 31% das empresas o CEO está no Facebook e em 15% delas o principal executivo tem um perfil no Twitter.

As redes sociais são usadas como ferramenta de construção de marca em 29% das companhias e funcionam como ferramenta de comunicação em 23% delas – mesmo porcentual de empresas que usam a rede para contrações.

A pesquisa revelou ainda que 21% das organizações usam alguma rede para envolver os funcionários e 18% têm grupos criados no Facebook pelos próprios empregados. Além disso, 11% das empresas patrocinam grupos no Facebook e 13% postam vídeos no YouTube.

Para chegar ao resultado, a Opinion Research Corporation ouviu 500 executivos, em maio de 2009."

terça-feira, 26 de maio de 2009

Como manter pessoas motivadas em períodos de fortes turbulências e crises econômicas

O texto abaixo, de autoria do Consultor Sênior, Partner e Diretor da TRANSEARCH Brasil, Luiz Felipe Calazans, aborda um tema muito interessante para discutirmos liderença em meio a esta crise que a economia vem sofrendo.

"
Motivar é despertar o interesse, a curiosidade, de pessoas, de alguém, por outro alguém, por alguma coisa ou por um determinado assunto ou matéria.

Motivação é o ato ou efeito de motivar, segundo o Aurélio, que define essa palavra como sendo um conjunto de fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si, e determinam a conduta de um indivíduo.

Esse é um assunto muito sério, polêmico, pleno de teorias, que demanda muita observação, reflexão e coragem.

As pessoas, em geral, e o mercado em particular, confundem motivação com benefícios e remuneração. Esses aspectos representam uma parcela importante, mas não única, para os colaboradores, uma ferramenta a mais dentro de uma organização. Em tempos de crise, nos q
uais a ameaça de desemprego paira sobre todas as cabeças, seja qual for o nível hierárquico, motivar demanda muito mais do que aumentar ou diminuir benefícios.

Existem diversas teorias a respeito de motivação. No fim do século XIX, os teóricos separaram a Teoria da Motivação do campo filosófico, para inseri-la na Psicologia, ciência que estuda os fenômenos psíquicos e do comportamento.

Sabemos, contudo, que a motivação está ligada ao conjunto de atitudes e reações do indivíduo face ao meio em que ele vive e trabalha. É de se supor que diante de uma crise profunda, uma catástrofe sem precedentes na economia mundial, onde todos nós estamos envolvidos, uns mais outros menos, que os métodos, as maneiras convencionais de motivação não sejam suficientes. Mais do que nunca, o recurso mais importante de qualquer organização, seja qual for sua natureza, que deve ser cuidado e preservado, é o ser humano.

E se motivar em “céu de brigadeiro” já é complicado, o que dizer numa situação de tormenta, de crise aguda e demorada, em que a resistência das pessoas é colocada permanentemente a prova?

É nesse momento que se destacam aqueles que conseguem ver mais coisas além do caos e desesperança. Não importa se fazem parte do chão-de-fábrica ou do corpo diretivo, se são líderes por uma questão de hierarquia funcional ou por ascendência entre seus pares. O fundamental é que essa visão otimista, mas também realista, se dissemine na organização de modo a produzir um clima de retomada de confiança que leve os colaboradores a pensar de que forma podem atuar para superar esse momento de crise e, mais do que isso, sentirem-se parte fundamental nesse processo.

Na construção desse panorama, cabe ao quadro diretivo dar condições para que essas lideranças aflorem e participem, abrindo canais de comunicação entre todos os níveis da organização, que demonstre a importância de cada um, no esforço de recuperação de mercado, como forma de restabelecer a autoconfiança e motivação dos colaboradores.

É claro que a situação de crise mundial pode gerar situações indesejáveis, em que, apesar de todos os esforços, não seja possível deixar de tomar atitudes drásticas. Caso isso seja inevitável, cabe às lideranças manter, de forma clara e honesta, os tais canais de comunicação abertos, fornecendo informações corretas, claras e objetivas sobre a empresa , o mercado e as possíveis alternativas para enfrentar a crise. Quando a situação se tornar insuportável, tentar, como medida inicial, negociar a redução de salários e benefícios, em todos os níveis da organização, desde o primeiro executivo, como exemplo a ser seguido, até o mais humilde dos colaboradores.

Ações e demonstrações de austeridade podem configurar e embasar decisões corretas. Só não devem ser acionadas de forma estabanada, no calor emocional da crise, sem um critério de bom senso, honestidade e equilíbrio e absoluta clareza de informações, mesmo que confidenciais. Procurar envolver os colaboradores na decisão é uma boa política.

Numa situação-limite, uma organização - seja ela grande ou pequena, pública ou privada, nacional ou multinacional, de capital aberto ou fechado – tem o dever e a obrigação, de tratar o seu recurso mais importante e precioso - o capital humano - de maneira adequada, colaborativa, justa e honesta
."

O artigo foi retirado do CDPV - Centro de Desenvolvimento de Profissionais de Venda

sábado, 9 de maio de 2009

Conceito de Liderança

O blog Os Líderes apresenta esta proposta de ser um espaço para discussão sobre liderança. Aqui iremos divulgar vídeos, artigos e reportagens sobre o assunto. Como pontapé inicial, escolhemos este artigo do analista Organizacional Amazildo de Medeiros sobre o conceito de liderança.


"Na era do conhecimento, um dos principais desafios das organizações é atrair pessoas de talento. Hoje, praticamente todo o executivo reconhece a importância de ter indivíduos de alta criatividade e capacidade de inovação em sua equipe. Mas apenas atrair talentos não basta. É preciso cultivar um ambiente favorável que inspire os profissionais a atingir todo o seu potencial e gere valor e riqueza para todas as partes interessadas no sucesso da organização.

Os executivos empreendedores criam projetos, arriscam, revolucionam e fazem diferença no mundo dos negócios. Afinal, todos os recursos e sistemas do mundo são inúteis se não houver gente capacitada para gerenciá-los. Porém, cabe às organizações saber liderar os executivos empreendedores se quiserem desenvolvê-los e aproveitar esse diferencial competitivo.

O executivo empreendedor quer se sentir seguro para trabalhar de modo independente, sem perder a independência com seu gestor e com a organização. E isso só existe em um ambiente de credibilidade, em que possa acreditar que outras pessoas não utilizarão suas idéias e que seus conhecimentos em conjunto com o de outros indivíduos da organização proporcionarão resultados que não seriam alcançados se ele trabalhasse sozinho.

As empresas precisam de lideres em todos os níveis, não apenas no topo. As empresas estão se expandindo, se internacionalizando, precisando chegar mais perto de clientes e comunidades. Para tudo isso, são necessários muitos líderes. A idéia do líder sabe-tudo, o cacique, o que decide sozinho, o centralizador, o que tem carisma etc, tudo isso, tende a ficar menos importante diz o administrador e consultor internacional César Souza, que atua nas áreas de marketing, estratégias e recursos humanos - autor do livro Você é o líder de sua vida, Ed. Sextame.

O verdadeiro líder atualmente, deve ter em mente que comanda pessoas mais competentes que ele. Por isso, a tendência é de recrutar e liderar pessoas melhores que ele e estas o complementarem. O Líder do futuro deve oferecer causas em vez de empregos, formar outros lideres ao invés de seguidores, surpreender pelos resultados e não apenas ficar planejando.